O uso diário de óculos de sol com proteção 100% contra UVA e UVB e a lubrificação ocular podem evitar prejuízos no futuro
 

No próximo dia 21 de dezembro, tem início a estação mais quente do ano: o verão. Com ele, vem o aumento da exposição ao sol, ao cloro das piscinas e à água salgada do mar. A combinação de radiação ultravioleta intensa, calor, vento, poeira, sal e ambientes climatizados favorece o surgimento ou a piora de doenças da superfície ocular; por isso, alguns cuidados com a saúde dos olhos tornam-se essenciais. Além disso, é nesse período que doenças infecciosas nos olhos tendem a aumentar.
 

Algumas doenças oculares são mais comuns no verão, explica o médico oftalmologista do Instituto de Olhos do Recife (IOR), Pablo Fonsêca. “As condições mais frequentes são a síndrome do olho seco evaporativo, conjuntivites (virais, bacterianas e alérgicas), blefarite e inflamação ocasional. Já os principais sintomas incluem ardor, sensação de corpo estranho, vermelhidão, fotofobia, lacrimejamento, secreção ocular e variações transitórias da visão”.
 

Outro alerta trazido pelo médico é o tempo de exposição ao sol. Pablo destaca que, apesar de não existir um tempo seguro universal de exposição ocular direta ao sol sem proteção, é importante que as pessoas protejam os olhos com óculos, principalmente nos horários de maior incidência solar. “O risco depende da intensidade da radiação, do horário, da latitude e da exposição cumulativa ao longo da vida. A literatura demonstra que a radiação ultravioleta está associada a danos cumulativos ao cristalino e à superfície ocular, contribuindo para o desenvolvimento de catarata e pterígio, especialmente em exposições repetidas entre 10h e 16h. Por isso, o uso de óculos com proteção UV é indispensável sempre que houver exposição solar”, alerta.
 

Por fim, o especialista conclui dando dicas de hábitos simples e práticos para manter a saúde dos olhos durante esse período: “A saúde ocular no verão pode ser preservada com medidas simples, como o uso diário de óculos de sol com proteção 100% contra UVA e UVB, lubrificação ocular regular com lágrimas artificiais, hidratação sistêmica adequada, higiene palpebral em pacientes com blefarite ou disfunção das glândulas de Meibômio e a redução da exposição direta ao vento, poeira e ar-condicionado. Evitar coçar os olhos também reduz o risco de inflamações e infecções oculares”, finaliza o oftalmologista.