A primeira edição da Residência Intersetorial, concluída em 2024, formou 101 profissionais e resultou em 53 projetos de intervenção implementados em 44 municípios, com impacto estimado na vida de mais de 500 mil crianças pernambucanas

Na noite desta segunda-feira (06), a Secretaria da Criança e da Juventude (SCJ-PE) e a Universidade de Pernambuco (UPE), em parceria com e Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV), realizaram a aula inaugural da segunda turma da Residência Intersetorial em Primeira Infância, programa pioneiro no país que tem fortalecido a rede de atenção à infância em todo o estado. A atividade, transmitida pelo canal oficial da UPE no YouTube, marcou o início de uma nova etapa de qualificação voltada a técnicos e gestores públicos das áreas de saúde, educação e assistência social.

Com número recorde de inscritos, 251 interessados para 150 vagas, a nova turma amplia a presença da residência para 62 municípios pernambucanos, reforçando o compromisso do Governo do Estado em investir na formação continuada de profissionais que atuam diretamente na garantia dos direitos das crianças de 0 a 6 anos.

Durante o evento, a secretária da Criança e da Juventude, Yanne Teles, destacou o papel estratégico da iniciativa: “A Residência vai além da formação individual: ela potencializa a capacidade dos municípios de organizar e monitorar as políticas públicas para a primeira infância. Cada projeto desenvolvido pelos profissionais formados se traduz em ações concretas, que fortalecem os protocolos de atendimento, melhoram a articulação entre serviços e garantem uma resposta mais precisa às necessidades das crianças”, afirmou.

A aula contou ainda com a participação da psicóloga Elisa Altafim, referência nacional em desenvolvimento infantil, e mediação da Dra. Mirtes Cabral Ribeiro, coordenadora do projeto pela UPE. Também participou a secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Pilar Lacerda, que ressaltou a importância da cooperação federativa para a efetivação das políticas públicas de infância.

A primeira edição da Residência Intersetorial, concluída em 2024, formou 101 profissionais e resultou em 53 projetos de intervenção implementados em 44 municípios, com impacto estimado na vida de mais de 500 mil crianças pernambucanas. As iniciativas desenvolveram estratégias de fortalecimento da rede de proteção, aprimoramento dos fluxos de atendimento e ações voltadas ao desenvolvimento integral da primeira infância em seus territórios.

Os resultados foram reunidos no e-book “Residência Intersetorial em Primeira Infância: A intersetorialidade como princípio de atuação entre o cuidar e o intervir na primeira infância”, lançado durante o 21º Congresso Internacional de Inovação na Educação, realizado no Recife. A publicação compila artigos e experiências dos residentes sobre temas como direito à proteção, saúde, vínculos familiares e educação infantil.

Com 740 horas de carga horária total, a residência combina conteúdos teóricos e práticos, estimulando a elaboração de projetos aplicáveis nos municípios. A metodologia prioriza a articulação entre diferentes setores e o fortalecimento do trabalho em rede, pilares essenciais para a promoção de uma infância segura, saudável e com acesso integral aos seus direitos.

Com a nova turma, Pernambuco se consolida como referência nacional em políticas públicas para a primeira infância, apostando na qualificação humana e intersetorial como base para o desenvolvimento social e o fortalecimento das comunidades.

Fotos: Luana Guedes/SCJ-PE