O deputado estadual Jarbas Filho (MDB) cobrou, nesta terça-feira (30), explicações e providências imediatas da Neoenergia Pernambuco diante das constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica no município de Machados, no Agreste do Estado. Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o parlamentar denunciou a situação recorrente e classificou o problema como “urgente e preocupante”, destacando os prejuízos causados à população e à economia local.

Segundo Jarbas Filho, as quedas de energia têm ocorrido quase diariamente e chegam a durar até seis horas por dia, afetando diretamente o cotidiano dos moradores e o funcionamento de serviços essenciais. “Essas interrupções não trazem apenas transtornos domésticos, como alimentos estragados e aparelhos danificados. Elas também comprometem atendimentos nas dez unidades de saúde e as aulas nas doze escolas do município”, afirmou.

O deputado também chamou atenção para os impactos econômicos, sobretudo no setor produtivo. Machados é responsável, anualmente, pela produção de cerca de 330 milhões de ovos e 30 mil toneladas de banana, e depende de energia constante e estável para manter suas atividades. “Estamos falando de empregos, renda e sustento de famílias que estão sendo colocados em risco por um serviço que deveria funcionar com regularidade e qualidade”, alertou.

Jarbas Filho informou que já protocolou na Alepe uma indicação formal solicitando esclarecimentos e medidas urgentes à Neoenergia, endereçada ao presidente da companhia, Saulo Cabral. “Energia elétrica não é luxo, é infraestrutura essencial para o desenvolvimento econômico e social. Quando um município enfrenta apagões quase diários, ele não apenas sofre no presente, como também compromete o seu futuro”, ressaltou.

O parlamentar encerrou sua fala com um apelo direto à concessionária: “A população de Machados não pode continuar sendo penalizada por falhas que comprometem sua qualidade de vida e a economia do Estado. Essa Casa está atenta e não deixará que os pernambucanos continuem sendo prejudicados por um serviço que deveria ser prestado com eficiência e responsabilidade”.