
Arcoverde recebe evento dedicado às tradições populares de Pernambuco
Evento “Casa da Cultura em Movimento” dedicado às tradições dos ciclos culturais do Estado, acontecerá neste sábado, 27, a partir das 15h, na Casa Maria da Assunção, no bairro São Cristóvão. A programação é gratuita
O último fim de semana de setembro será de festa em Arcoverde, sertão de Pernambuco. No sábado, dia 27 de setembro, a cidade recebe o projeto de circulação “Casa da Cultura em Movimento”, que vem percorrendo várias regiões do Estado com o objetivo de valorizar as tradições ligadas aos ciclos carnavalesco, junino e natalino. O evento, que tem o incentivo da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura, é gratuito, e começa às 15h.
Em sua temporada de encerramento, o projeto se apresentará na Casa Maria da Assunção – Grupo de Idosos Viver Mais, no bairro São Cristóvão, e promete transformar o espaço em um palco de celebração da cultura popular, com espaço para estudantes, artistas, moradores e toda a comunidade local.
Entre as atrações estão dois grupos de referência no samba de coco. De Buíque, vem o Kapinawá Raiz Caroá, formado por mestres, jovens e crianças da comunidade indígena Kapinawá. Suas apresentações unem canto, dança e maracás, em uma mistura de arte e resistência cultural.
Já de Arcoverde, o destaque é o Coco Trupé, criado em 2009 pelo mestre Cícero Gomes. O grupo é conhecido por preservar o coco arcoverdense com sambadas comunitárias e apresentações que unem gerações em torno da batida dos pés e da força da música.
Nascido de uma primeira experiência realizada entre 2021 e 2022, na Casa da Cultura de Pernambuco, no Recife, o projeto foi ampliado em 2025 com a proposta de descentralizar a agenda cultural e reconhecer os saberes tradicionais em diferentes territórios.
Ao longo deste ano, o projeto realizou nove apresentações, em locais como escolas, praças e pontos de cultura da Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata, Agreste e Sertão.
Cada etapa promoveu encontros entre grupos que partilham da mesma linguagem, mas pertencem a regiões distintas, incentivando trocas de saberes em rodas de conversa, oficinas e vivências criativas.
“Não é apenas sobre fazer circular apresentações, mas sobre despertar consciência. Muitos pernambucanos ainda desconhecem a riqueza dos ciclos festivos do Estado. O projeto mostra que a cultura é também ferramenta de educação patrimonial”, afirma Editon Energia, coordenador e produtor cultural da iniciativa.
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