Destaques Tramas Negras valoriza a cultura afro-brasileira em três dias de arte 

Tramas Negras valoriza a cultura afro-brasileira em três dias de arte 


De 19 a 21 de setembro, festival reúne artistas e coletivos em atividades abertas ao público, fortalecendo o diálogo entre tradição, educação e práticas antirracistas

Com uma programação vocacionada para a dança, mas abraçando também outras linguagens, o Festival Tramas Negras chega a sua 2ª edição. A abertura oficial do evento, que é totalmente gratuito, acontece no próximo dia 19 de setembro, sexta-feira, no Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (MUAFO), no Bairro do Recife, e segue até 21 de setembro, passando por espaços emblemáticos do Recife e de Jaboatão dos Guararapes. A ideia é reafirmar o protagonismo das heranças africanas no Brasil como mola propulsora para diversas expressões e manifestações artísticas, através de rodas de conversa, apresentações culturais, oficinas e vivências.

Para Ivana Motta, responsável pelo festival, o Tramas Negras se consolida como um espaço de arte e resistência. “Com esta iniciativa, nós afirmamos a ação política-artística. Partimos da cultura para abrir espaços de reflexões antirracistas que são tão importantes para toda a sociedade. Educação, ética e poesia estão presentes nesta edição”, explicou ela.

A abertura oficial do Tramas Negras será realizada no Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (MUAFO), localizado na Rua Mariz e Barros, Nº 328, Bairro do Recife, na sexta-feira (19). Às 17h, terá início a retirada de ingressos. A partir das 18h00, o Mestre Nego Val (Quilombo do Mimbó – PI) e Elaine Albuquerque (Quilombo do Catucá – PE) realizam uma roda de conversa com o tema “Quilombos: culturas e saberes”, sob mediação de Ana Benedita. Mais tarde, às 20h, o público confere o espetáculo “Catiço”, de João Petronílio, que conta com audiodescrição (10 fones disponíveis), classificação indicativa de 16 anos e capacidade para 50 pessoas.

No sábado (20), a programação começa no Paço do Frevo, na Praça do Arsenal, Bairro do Recife, às 9h30, com a oficina “Pagode do Mimbó: Ancestralidade e revolução dos quadris”, ministrada por Mestre Nego Val (PI). O trabalho vai disponibilizar interpretação em LIBRAS. À tarde, a partir das 15h, o Viaduto de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, recebe a ocupação artística com apresentações de Coar Coletivo Artístico (15h), Ray Moniz – Rainha do Recife (15h30), DanceHall Queen Carla Santana (16h) e Coco do Rosário (16h40). 

No mesmo dia, à noite, às 20h, o Espaço O Poste, na Rua do Riachuelo, Nº 641, Boa Vista, será o local de encontro para quem quiser contemplar o espetáculo “Àwọn Irúgbin”, do Núcleo O Postinho (PE), com classificação indicativa de 15 anos e capacidade para 40 pessoas. Os ingressos serão distribuídos gratuitamente a partir das 19h.

No domingo (21), a oficina “Pagode do Mimbó: Ancestralidade e revolução dos quadris”, novamente com Mestre Nego Val, acontece no Paço do Frevo, a partir das 9h30. A atividade contará com interpretação em LIBRAS.

O encerramento será realizado no Centro de Cultura e Educação Daruê Malungo, na Rua Passarela, Peixinhos, a partir das 16h, com a performance “Pagode do Mimbó” (Mestre Nego Val – PI), seguida pela apresentação de culminância da  oficina “Pagode do Mimbó: Ancestralidade e revolução dos quadris” (16h30) e da apresentação “Terreirada da Benção”, da artista Gabi do Carmo (PE), às 17h. Todas as ações contarão com interpretação em LIBRAS.

O Festival Tramas Negras é uma realização da Okutá Produções, com apoio da Gira Articulações e da Nova Produções. A iniciativa conta com incentivo do Ministério da Cultura e do Governo Federal, em parceria com a Secretaria de Cultura e o Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) Pernambuco. Mais informações no Instagram: @tramasnegras. 

OFICINAS – Como prévia da 2ª edição, o Festival Tramas Negras também realiza, entre os dias 15 e 18 de setembro, uma série de oficinas e apresentações em escolas públicas da Região Metropolitana do Recife e da Zona da Mata. Crianças e adolescentes têm contato com mestres da cultura popular e artistas como a musicista Kelly Rabequeira, que leva a oficina “A rabeca vai pra escola” a São Lourenço da Mata, além do Grupo de Dança Frevo, Capoeira e Passo, que celebra seus 40 anos de resistência em Camaragibe e São Lourenço; e do educador Mestre Tonho das Olindas, que apresenta a oficina “O frevo é negro” em Camaragibe.

Carlos Peruca 15 set 2025 - 13:22m

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