Destaques Cinema São Luiz exibe filmes e debate diversidade e memória no Mês do Orgulho

Cinema São Luiz exibe filmes e debate diversidade e memória no Mês do Orgulho


Programação especial deste fim de semana celebra experiências urbanas que ampliam olhares sobre identidade, afeto e transformação social, além da sessão infantil no domingo de manhã

Neste fim de semana, o Cinema São Luiz convida o público a mergulhar em uma programação que se articula em torno de um eixo comum: os corpos em movimento, os afetos que resistem e a memória como ferramenta de transformação social. Os filmes e debates que ocupam a tela de um dos cinemas de rua mais icônicos do Brasil nestes dois dias abordam experiências urbanas dissidentes, identidades historicamente invisibilizadas, e relações familiares, construindo um mosaico audiovisual que reflete o Brasil contemporâneo em suas múltiplas camadas de luta, beleza e complexidade em  meio às comemorações do Mês do Orgulho LGBTQIAPN+.

No sábado (28), a partir das 12h, o São Luiz recebe a Jane’s Walk Recife 2025,com a exibição gratuita do curta “Vagalumes”, de Léo Bittencourt. O evento consiste em uma caminhada urbana colaborativa, gratuita e aberta ao público. A atividade é coordenada pelo arquiteto e urbanista Felipe Gonçalves, pela professora da UFPE Lívia Nóbrega e pelo doutorando da UFAL Moacir Japearson. “É um passeio, uma visita guiada por espaços da cidade, para revelar esse processo de memória e de transformação dos centros urbanos, e que tem um mote esse ano os trabalhos do pesquisador e professor argentino Tulio Carella, que viveu no Recife nos anos 60, e relatou as experiências na cidade a partir também dessa perspectiva das sexualidades dissidentes”, ressalta o programador e curador do São Luiz, Pedro Severien.

Em seguida, às 14h30, entra em cartaz o provocador “IMO”, filme que mergulha nos labirintos do desejo e da identidade, seguido às 16h por “Criaturas da Mente”, de Marcelo Gomes obra que flerta com a ciência e o inconsciente coletivo ao explorar os limites entre realidade e fantasia. Às 18h, a sessão gratuita organizada pelo Cineclube XHY247 traz uma poderosa dobradinha queer com o curta “Como Era Gostoso Meu Cafuçu” e o clássico censurado “Onda Nova”, em versão restaurada, colocando em pauta o corpo político, o futebol feminino e a resistência erótica em plena ditadura militar.

“Esse filme foi lançado em 1983 e barrado pela censura da ditadura militar. Ele tem uma expressão libertária, uma perspectiva de pensar as sexualidades e essa rebeldia diante do regime autoritário. ‘Onda Nova’ foi proibido na época e passou por uma restauração com a versão em 4K que iremos exibir neste fim de semana”, explica Pedro.

Já no domingo (29), o dia começa às 11h com a já tradicional sessão voltada para o público infantil. A animação “A História de Ayana” abre a sessão de Curtas Ambientais, reforçando o elo entre identidade e território. Às 14h,  a Sessão de Curtas Consciência sobre Albinismo aprofunda o debate com obras que tratam da visibilidade e dos direitos das pessoas com albinismo, seguidos de um importante debate com o Coletivo Nacional de Pessoas com Albinismo (CNPA).

Às 16h, o documentário “Crônicas de Uma Jovem Família Preta”, vencedor do Festival Visões Periféricas, traz um retrato íntimo sobre juventude, afeto e resistência negra no cotidiano. Encerrando a programação, às 18h, o longa “Eros” volta à tela com sua narrativa intensa sobre liberdade, corpo e pulsões, provocando o espectador a repensar as fronteiras do amor e do desejo.

Confira a programação completa:

Sábado | 28 de junho de 2025

12h – Vagalumes, de Léo Bittencourt – Entrada gratuita

14h30 – IMO, de  Bruna Schelb Corrêa – R$ 10 e R$ 5 (meia)

16h – Criaturas da mente, de Marcelo Gomes (12) R$ 10 e R$ 5 (meia)

18h – Como era gostoso meu cafuçu, de Rodrigo Almeida + Onda nova, de José Antônio García e Ícaro Martins  – Sessão gratuita

Domingo | 29 de junho de 2025

11h – A história de Ayana, de Cristiana Giustino e Luana Dias + Curtas Ambientais – Entrada gratuita

14h – Sessão de Curtas Consciência sobre Albinismo – Entrada gratuita

16h – Crônicas de uma jovem família preta, de Davidson D. Candanda- Entrada gratuita

18h – Eros, de Rachel Daisy Ellis – R$ 10 e R$ 5 (meia)

Carlos Peruca 26 jun 2025 - 8:58m

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