Plataforma tem como objetivo acompanhar o abastecimento de água, receber denúncias da população e monitorar o calendário de rodízio das cidades

RECIFE – Com objetivo de acompanhar o abastecimento de água nas cidades pernambucanas, foi lançado hoje (31/07), a plataforma Observatório da Água. A iniciativa é do deputado federal Pedro Campos e irá, além de acompanhar o abastecimento de água e monitorar o calendário de rodízio, receber denúncias da população.

A plataforma disponibiliza um diagnóstico do abastecimento de água no estado e tem como base números calculados de acordo com os calendários de abastecimento da Compesa. “Todos os meses vamos atualizar esses dados para acompanhar os rodízios e os abastecimentos. Se algum município piorar o abastecimento de água, estaremos aqui juntos pra cobrar soluções”, afirmou o parlamentar.

Através do site www.pedrocampospe/agua, a população poderá acompanhar a situação e contribuir para o monitoramento, enviando denúncias através de um canal de WhatsApp, no número: 8198201-0040.

“Nosso WhatsApp passará a receber reclamações de falta d’água recorrente. Após protocolo na Compesa, se a situação persistir, vamos cobrar soluções junto à Companhia. Precisamos cobrar o cumprimento dos calendários e a melhoria real do abastecimento”, concluiu.

Em julho, os cinco municípios com pior abastecimento de água em Pernambuco, segundo os dados do Observatório, foram Jataúba (com média de apenas 12 horas de fornecimento por mês), Santa Filomena (1 dia), Araçoiaba (2 dias), Solidão (2 dias e 12 horas) e Vertente do Lério (2 dias e 14 horas). Os dados são calculados com base nos calendários oficiais da Compesa e levam em consideração a média ponderada do abastecimento informado para cada localidade do município, conforme o número de consumidores atendidos em cada área.

O deputado também defendeu que a criação do Observatório tem como objetivo pressionar pela revisão do indicador de rodízio proposto na futura concessão da Compesa. “Estamos sugerindo uma mudança no indicador de falta d’água para que ele seja mais compreensível para a população. A forma como está proposto hoje não traduz a realidade que as pessoas vivem nas torneiras”, disse Pedro Campos. O parlamentar tem feito críticas públicas ao modelo de concessão e, em especial, à métrica escolhida para medir o rodízio, que, segundo ele, não reflete adequadamente a situação do abastecimento em muitas cidades.