Destaques No Dia do Meio Ambiente, mil crianças ocupam floresta protegida com arte, circo e educação em Pernambuco

No Dia do Meio Ambiente, mil crianças ocupam floresta protegida com arte, circo e educação em Pernambuco


Área de proteção ambiental que equivale a 30 mil campos de futebol recebe oficinas e apresentações com foco em natureza, cultura e pertencimento

Imagine um lugar onde a floresta ainda canta com o som dos pássaros, onde nascem rios que abastecem as cidades e onde as árvores são tão altas que parecem tocar o céu. É nesse cenário que começa, nesta quinta-feira (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente, a “Mostra Meio Ambiente no Picadeiro”, um projeto que vai reunir mil crianças para aprender, brincar e se emocionar no meio da mata.

A atividade acontece dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, uma das maiores áreas verdes protegidas do estado de Pernambuco. Para se ter ideia do tamanho desse lugar, ele tem cerca de 31 mil hectares, o que equivale a quase 30 mil campos de futebol. A APA cobre partes de seis cidades: Paudalho, Camaragibe, Abreu e Lima, São Lourenço da Mata, Igarassu e Recife. É lá que ficam importantes rios e nascentes que ajudam a garantir água para boa parte da Região Metropolitana do Recife.

A ação acontece nos dias 5 e 6 de junho, na Escola Municipal Maria de Fátima, localizada no bairro rural de Chã de Cruz, em Paudalho, que fica dentro da floresta. A ideia é transformar a escola em um grande picadeiro ecológico, onde o circo e a natureza se unem para ensinar de forma diferente. Crianças de escolas públicas de Paudalho, Camaragibe e Abreu e Lima vão participar de oficinas, rodas de conversa e apresentações culturais, todas voltadas para a proteção do meio ambiente.

Entre as atividades, as crianças vão aprender a fazer sabão com óleo usado, participar de oficinas de malabares com material reciclado, brincar com tecido acrobático e viver uma experiência na roça com música e cantigas de coco. Também haverá espetáculos circenses e bate-papos sobre a importância da ancestralidade negra e indígena, da preservação ambiental e do respeito à diversidade. Todas as atividades serão gratuitas e acessíveis, com tradução em Libras.

A ideia do projeto é mostrar que aprender também pode acontecer fora da sala de aula, com o corpo em movimento, em contato com a natureza e com as histórias do lugar. “Educar dentro da mata é uma forma de proteger a floresta com afeto, com conhecimento e com o corpo presente”, explica Rodrigo Surucucu, diretor pedagógico da ação.

A Mostra foi idealizada pela produtora cultural Camila Gatis, com apoio de artistas e educadores da região. O projeto é financiado com recursos do Programa Nacional Aldir Blanc Pernambuco e conta com apoio de universidades, coletivos culturais e instituições locais.

Ao escolher o Dia do Meio Ambiente para realizar o evento, os organizadores mostram que cuidar da natureza também passa por valorizar as pessoas, as culturas e os saberes que vivem dentro dela. “O futuro é ancestral. A floresta não é só árvore: é memória, é gente, é vida”, resume Camila.

Carlos Peruca 05 jun 2025 - 13:24m

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