Destaques Projeto levará mil crianças para oficinas de circo e preservação ambiental em escola dentro da mata

Projeto levará mil crianças para oficinas de circo e preservação ambiental em escola dentro da mata


Ação pioneira, programada para acontecer nos dias 5 e 6 de junho, será realizada dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, uma das mais relevantes unidades de conservação de uso sustentável de Pernambuco

Nos dias 5 e 6 de junho, comemorando a semana do meio ambiente, uma escola cercada por árvores centenárias e hortas comunitárias no bairro rural de Chã de Cruz, em Paudalho, se transformará em um picadeiro a céu aberto para ensinar sobre natureza, ancestralidade e futuro. A Escola Municipal Maria de Fátima será o cenário da “Mostra Meio Ambiente no Picadeiro”, projeto gratuito que integrará oficinas de sustentabilidade, arte circense e educação ambiental para cerca de mil estudantes da rede pública, dos municípios de Paudalho, Camaragibe e Abreu e Lima. A ação será realizada dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, uma das mais relevantes unidades de conservação de uso sustentável de Pernambuco.

Idealizada pela produtora cultural e educadora Camila Gatis, com direção pedagógica do educador Rodrigo Surucucu, produção da Cabocla Produção e incentivo do Programa Nacional Aldir Blanc Pernambuco, a ação é considerada inédita na região. Pela primeira vez, alunos do ensino fundamental dessas localidades vivenciarão aulas diferentes e inovadoras, onde o meio ambiente se tornará sala de aula, e o circo, ferramenta de aprendizado e sensibilização.

As atividades incluem oficinas de sabão ecológico com reaproveitamento de óleo, acrobacia aérea em tecido, malabares com materiais recicláveis, além de uma vivência agroecológica com cantigas de coco, promovendo o contato direto com a natureza e saberes tradicionais. Também haverá espetáculos e rodas de conversa acessíveis com tradução em Libras, garantindo a participação de pessoas com deficiência auditiva.

Entre os destaques da programação, está a apresentação do espetáculo “O Encontro da Tempestade e a Guerra”, do Circo Experimental Negro, seguido por uma roda de conversa sobre estética negra, pertencimento cultural e acessibilidade trazendo a importância de ações antirracistas e do resgate da ancestralidade dos povos negros e indígenas como parte da educação para um futuro mais sustentável. No segundo dia, os estudantes acompanharão a Mostra de Circo APA Viva, com apresentações da Cia. Penduricalho, da Família Malanarquista, do Palhaço Gambiarra e encerramento musical com o grupo Encanto D’Água, em um show de coco de roda.

A curadoria artística priorizou profissionais que já atuam na própria região ou em municípios vizinhos, promovendo identificação com os estudantes e demonstrando que o circo, a arte e a preservação do meio ambiente também são caminhos profissionais. “Queremos que os jovens se reconheçam nos corpos que estão no picadeiro, por exemplo: o Palhaço Gambiarra, nosso mestre de cerimônia que também apresentará um número na mostra, foi aluno da escola Tito Pereira (escola participante), a partir dessa identificação mostrar que esses espaços também pertencem a eles, e trazer novas perspectivas de futuro. O projeto é todo sobre isso, novas perspectivas de futuro, e como diz Krenak: o futuro é ancestral.”, afirma Camila Gatis.

A ação será realizada dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, uma das mais relevantes unidades de conservação de uso sustentável de Pernambuco. Criada em 1987, a APA abrange cerca de 31 mil hectares, envolvendo parte dos territórios de Paudalho, Camaragibe, Abreu e Lima, São Lourenço da Mata, Igarassu e Recife. O território protege importantes fragmentos de Mata Atlântica e mananciais hídricos, como os afluentes da barragem de Botafogo, que abastece a Região Metropolitana do Recife.

Além de abrigar biodiversidade ameaçada e nascentes estratégicas para o equilíbrio ambiental da região, a APA sofre com a pressão urbana e o desmatamento. Por isso, ações que unem educação, arte e pertencimento territorial são consideradas essenciais para formar multiplicadores ambientais nas comunidades locais. “Educar dentro da mata é uma forma de proteger a floresta com afeto, com conhecimento e com o corpo presente”, resume Surucucu.

As escolas confirmadas para o evento são:  Escola Municipal Maria de Fátima, Escola Estadual Tito Pereira, Escola Estadual Torquato de Castro, Escola Estadual Major Lélio e Escola Estadual Antônio Fagundes. A mostra conta ainda com apoio do Fórum Socioambiental de Aldeia, do Laboratório Interdisciplinar de Anfíbios e Répteis da UFRPE (LIAR/UFRPE), Cia. Penduricalho e coletivos artísticos locais.

Fotos e release no link abaixo:

https://drive.google.com/drive/u/0/folders/1wqg0CQTGZun454XYbJ7KcoXlgbdzeO8n
Carlos Peruca 30 maio 2025 - 8:42m

0 Comentários

Deixe uma resposta


Prefeitura do Recife
Xeque Treinamentos Chega à Carpina
Prefeitura de São Lourenço – Bolsa Atleta
Gov Pe – Tarifa Social.
Prefeitura de Tracunhaém

Xeque Treinamentos Chega à Carpina
Gov Pe – Tarifa Social.
Prefeitura de Tracunhaém
Prefeitura do Recife
Prefeitura de São Lourenço – Bolsa Atleta